É noite... o pior momento para um recluso.
O telefone toca e levanto do sofá que já está tomando a forma do meu corpo, atendo já com medo do que vou escutar.
- Fala!
- Isso é modo de falar com uma amiga?
- Oi Paulinha, o que tu quer?
- Como assim o que eu quero? Eu quero é saber como é que tu tá?! faz uma semana que tu sumiu e não fala com mais ninguém.
A Paulinha é minha amiga desde a faculdade e com o passar do tempo virou uma irmã. Noto pelo tom de voz que ela tá preocupada mesmo.
- Olha só, tô passando aí pra te pegar.
- Acho que não sou a melhor das companhias hoje.
- Não te perguntei nada, em mei hora tô aí, me espera em frente ao prédio.
- Tá bem, tá bem.
- Então tá, beijo.
- Beijo.
Desligo o telefone e fico parado no meio da sala pensando em como é bom ter uma pessoa assim perto de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário