Paulinha me deixa em casa mas eu não subo, fico olhando ela partir até o carro sumir na esquina. Meu humor não melhorou mas conversar com ela já me fez sentir vivo, o que já é um começo.
Só tem um problema, não tenho coragem de subir e ficar sozinho em casa. Nem pensar! Essa hora deve ter algum boteco aberto nesta cidade. Quem sabe eu tomo todas e durmo até o ano que vem. Até lá já vou ter esquecido a Carol, ou quem sabe tomo todas e acabo descobrindo que na verdade estou dormindo.
É isso!
Eu sou apenas o meu sonho, ou o sonho de outro!
Eu sou o pesadelo de um viciado em heroína, um junk necrófilo!
Caralho, só pode ser isso, afinal, qual seria a explicação pra todas essas pessoas que sempre estão escutando pagode ao meu redor.
E se... e se... e se, porra nenhuma! Como eu penso merda inútil, há vinte minutos eu tô parado em frente ao meu prédio, simplesmente não pensando em nada e ainda não fui procurar um bar.
Eu sou um merda mesmo!
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