Comer aquele cachorro-quente foi estranho, depois da Paulinha falar que tem câncer eu não tive como falar mais nada, qualquer coisa que eu fosse dizer sobre minhas loucuras sentimentais e minhas trapalhadas sobre a Carol seria muito pequeno perto do problema dela.
Comemos em silêncio, levantamos e fomos até a casa dela sem falar nada. Ao chegarmos parei em frente à porta e fiquei olhando para ela. Paulinha também não disse nada, me olhou bem nos olhos e nos abraçamos com força. Aquele momento pareceu durar uma eternidade, e no fundo eu queria que durasse isto. Ela me dá um beijo no rosto e entra.
Saio dali e vou direto pra casa, ao chegar pego um antigo vinil do The Cult que Paulinha me deu e coloco na faixa 3 do lado B do álbum "Love". "Revolution" começa a tocar e eu caio no choro.
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