Chegamos na dita festa e já percebo que a casa do Kibe está transformada em uma verdadeira FUN HOUSE.
Paulinha e eu vamos de ambiente em ambiente caminhando entre cyberpunks de cabelos descoloridos, clubers vestidos com roupas ultra-coloridas de ciclistas, casais gays que se beijam com extrema paixão visceral e rockers tecnológicos viciados em morfina.
Ao entrar na sala para pegar uma cerveja na piscina infantil cheia de gelo que serve de cooler de bebidas dou de cara com Carol. Ela fica me olhando fixamente e me desconcentro.
Pego uma cerveja, abro e entrego para Paulinha, pego uma pra mim, abro e tomo um gole percebendo que Carol não tira os olhos de mim. Ela vem em minha direção. Fico nervoso e não sei o que fazer. Ela se aproxima de meu ouvido e sussurra com aquela mesma voz rouca que eu ainda amo.
- Talvez eu tenha me enganado.
Ela fala séria e se afasta de cabeça baixa enquanto toma um gole de vodka.
Eu fico imóvel.
Os primeiros acordes de "Never Surrender" do Corey Hart começam a tocar na festa e parece que o dj escolheu aquela música especialmente para mim.
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