Devo ter batido algum recorde, pois chego no Bar do Garça em menos de quinze minutos. Claro que chego em um estado deplorável, mas tudo bem, a Carol já tá acostumada com este meu jeito meio, digamos assim, largado... pra não mal vestido mesmo.
Bem, chego a tempo de ver a Carol descendo do carro e desfilando pela rua até onde estou. E o pior é que não estou exagerando no quesito desfile. Sério, a Carol não anda, ela desfila na frente das pessoas.
Ela vem na minha direção, eu começo a ficar nervoso - mais do que já estou - e para bem na minha frente.
- Soda - ai maldição, que voz ela tem - vamos parar com as bobagens e fugir de vez. É a tua última chance de fazer a coisa certa comigo, nem que eu tenha que te ensinar a ser o homem que eu quero.
Na boa, depois dela ter falado "Soda" eu não entendi mais nada, então acho que a coisa é eu concordar.
- Claro - eu falo tentando não me engasgar com a saliva de tão cagado que eu tô.
- Então tá, se tu concorda é o que nós vamos fazer. Me encontra na Bramoto, sábado que vem no começo da tarde que nós vamos comprar uma moto e dar no pé daqui.
Só um pouco, ela falou em fugir comigo?